21 de novembro de 2023, MIMO

Memórias da Revolução: 25 de Abril em Leiria

Após concluir o curso de Medicina na Universidade de Coimbra, o pai de Elsa Taborda começa a exercer a sua profissão de oftalmologista e, em 1961, muda-se para Leiria, onde abre um dos seus consultórios (o outro localizava-se ali perto, na Marinha Grande). Devido à sua posição contrária ao regime e de se saber que frequentava reuniões e serões culturais da oposição, foi mobilizado para a guerra colonial em 1970. Durante os anos que esteve na Guiné, mostrou o seu descontentamento por estar num conflito em que não acredita nem aceita e, por ser simpatizante de Amílcar Cabral, apoiou desde sempre o movimento de libertação da Guiné. Após longos anos de receio e de grandes traumas, regressou a Portugal em finais de agosto/inícios de setembro de 1974 e vivenciou de forma entusiástica o período que se seguiu ao 25 de abril. Neste período, formou o núcleo do MDP/CDE em Leiria e participou em comícios e em diversas sessões de esclarecimentos; os seus filhos, por sua vez, apoiaram diferentes partidos de esquerda e a sua esposa juntou-se ao MDM.