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ENTREVISTAS


Entrevistas:
João dos Santos
Data da entrevista:
12 de dezembro de 2019,
Projeto:
Resumo:
João dos Santos relata o seu percurso enquanto militar do Exército e membro da Polícia de Segurança Pública de Angola. Em inícios da década de 50 foi chamado para o curso de oficial miliciano, após o qual foi incorporado na Escola Prática de Artilharia e colocado em Leiria. Esclarece as motivações subjacentes à sua inscrição na Academia Militar e fala-nos do seu percurso enquanto ajudante do ministro do Exército, o general Joaquim da Luz Cunha. A 1 de novembro de 1965 embarcou rumo a Angola, onde prestou serviço enquanto Comandante da Polícia de Segurança Pública do distrito de Uíge, no norte do país. Entre outras funções teve a seu cargo o controlo dos vários postos fronteiriços de Uíge, vigiados por guardas fiscais incorporados na PSP de Angola em 1965. A propósito da existência de postos de controlo da PIDE/DGS, João dos Santos relata o episódio em que, por mero acaso, numa viagem de Maquela de Zombo para Kimbata, deparou-se com um carregamento de armas da PIDE/DGS. Descreve ainda a sequência de acontecimentos que levaram ao seu pedido de transferência de distrito, em finais de 1966, para Cuando-Cubango, no sudeste de Angola. Responsável pelo Campo de Trabalho de Missombo, afirma que este se tratava de “um campo de residentes”, “a quem determinávamos uma residência fixa”, “sem marcações ou limites” e onde “todos estavam identificados com um cartão”. Em 1970 foi ainda nomeado Presidente da Câmara de Serpa Pinto (atual Menongue) pelo Governador Geral de Angola. Em 1973 foi transferido para Marrupa, Moçambique, em funções militares. João dos Santos partilha a sua opinião sobre o 25 de Abril e o processo de descolonização, afirmando-se partidário de uma descolonização portuguesa em moldes semelhantes à descolonização francesa.
Ficha Técnica
Adolfo Cueto Rodríguez Entrevistador
Bento Mafra Entrevistador
João Ernesto Fonseca dos Santos Entrevistado
Pagárrenda Editor técnico