30 de maio de 2018, Museu da Polícia, MUP, Lisboa

Memórias da Polícia

João Mendes completou a tropa em Santa Margarida, integrando o grupo de carros de combate do Regimento de Cavalaria 8. Após concluir o curso de mecânica foi promovido a motorista do chefe das oficinas. Conta-nos como se deu a sua entrada na PSP, em maio de 1961, e a sua transferência, em fevereiro de 1962, para os serviços de secretaria. Onze anos depois de ser alistado na PSP, em abril de 1972, partiu para Angola, onde prestou serviço durante dois anos e meio, no Comando Distrital do Bié, em Silva Porto. Consigo levou a mulher e as duas filhas. Partilha várias histórias e episódios marcantes do seu percurso em Angola que dão conta do quotidiano dos polícias, do seu relacionamento com a população local e das tarefas que desempenhavam. A propósito, afirma que não tinha horas vagas e lhe foram atribuídas tarefas diversificadas: foi escriturário da esquadra, escrivão da secção de justiça, motorista do comandante e da sua mulher, motorista da esquadra e ainda responsável pela roupa de cama. Conta-nos como era a relação dos policias com a população local e refere o conflito que teve com o chefe do bar de um gimnodesportivo. Na sequência do 25 de Abril, partiu com a família de Nova Lisboa (atual Huambo) para Luanda, onde embarcaram rumo a Portugal em dezembro de 1974. Descreve o ambiente conturbado e as tensões em Luanda pós 25 de Abril. Já em Portugal, foi colocado na Farmácia de Palhavã, no posto clínico nº 2 da PSP, desempenhando funções maioritariamente de contabilidade.