21/04/2022, Junta de Freguesia de Castelo (Satão)

Memórias de Castelo

Aurélio de Figueiredo refere a emigração como uma consequência natural da vida difícil que se vivia na aldeia, mas também dos benefícios que trouxe, com melhores casas e mais dinheiro disponível para implementar melhorias nos equipamentos locais. Destaca como decisiva para a paróquia a chegada do Abade Nuno Amador, enquanto promotor da reabilitação das várias igrejas e da construção da casa paroquial, assim como da criação de uma equipa de futebol que impulsionou, por sua vez, a construção de campo de futebol e de um centro de convívio. Menciona ainda a importância da floresta na economia local, assim como as ovelhas e a produção de mantas em lã e da capucha (burel), capa que era utilizada pelos trabalhadores agrícolas, protegendo-os do frio e da chuva. Refere também as várias tradições da aldeia, em particular o “casar das velhas”, e a gastronomia (carne assada no forno, doce de castanha, doce de ameixa, bolo de azeite, bolos da Páscoa). Enquanto habitante da aldeia, considera que o executivo da Junta de Freguesia, à data, tem desempenhado um papel essencial para a melhoria da qualidade de vida de Castelo, recuperando as suas tradições, algumas, entretanto esquecidas, e promovendo dessa forma o turismo e o interesse na região.