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ENTREVISTAS


Entrevistas:
Dra. Alice Bethencourt
Data da entrevista:
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Resumo:
Alice Bethencourt é natural de Lisboa, licenciada em Direito pela FDUL e, desde cedo, percebeu que não queria seguir a carreira penal. Assim, aos 24 anos, começou a trabalhar no sector segurador, na Companhia de Seguros Império. Foi adjunta do Subsecretário de Estado de Seguros, tendo acompanhado todo o processo de nacionalização e de agrupamento das companhias seguradoras nacionais. Trabalhou no Instituto Nacional de Seguros, referindo a importância que os seus colegas e superiores tiveram para o seu sucesso e para o bom funcionamento do Instituto. Acompanhou a fundação do Instituto de Seguros de Portugal e da Associação Portuguesa de Seguradores (APS), período que considera como muito positivo na sua vida. Neste âmbito, participou na preparação da entrada de Portugal na Comunidade Europeia e na adaptação da legislação portuguesa ao Direito Comunitário, uma nova área do Direito que teve de estudar e com que passou a trabalhar. Refere as diferenças entre o mercado e a atividade entre o estrangeiro e Portugal, onde considera que todos os protocolos e práticas eram muito tradicionais e inflexíveis. Em 1989 fundou a sucursal portuguesa da Aegon Seguros, tendo feito todo o trabalho e de criação da mesma de raiz. Em 1994 integrou a administração da Fidelidade, empresa que caracteriza como a “companhia da sua vida”. Refere o ambiente de trabalho e a dimensão da Fidelidade como dois dos fatores que fizeram com que se integrasse tão facilmente na Companhia. Entre 1997 e 2002 foi presidente da Comissão Técnica de Responsabilidade Civil e da Comissão Técnica Automóvel, ambas na APS. Também foi Presidente da Companhia Portuguesa de Resseguros. Deu aulas de Direito Comunitário na Universidade Católica Portuguesa (UCP), ao nível de Mestrado, e várias formações técnicas para profissionais do sector. Em 2003 trabalhou na reabilitação da Eurosap, criando a Companhia de Seguros Sagres, da qual destaca a importância de Carlos Monjardino e Mário Brandão. Aquando da compra pela Macif, saiu da Companhia, reformando-se, em 2009. Sublinha o gosto pelo trabalho e pelo sector. Refere, principalmente, a importância do apoio incondicional que sempre sentiu por parte do seu marido, António Reis, e da empregada que a acompanhou toda a vida, Alexandrina, que foi um apoio fundamental para a sua família.