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ENTREVISTAS


Entrevistas:
Dr. Pedro Seixas Vale (parte 1)
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Resumo:
Pedro Seixas Vale é natural do Porto e começou a trabalhar no mundo dos seguros a 15 de abril de 1974, na Companhia Mundial-Confiança. Formado em Economia pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto, foi docente no Iscte-IUL e no ISEG durante 3 anos. Quando se deu o 25 de abril de 1974, assumiu o cargo de chefia do Departamento de Controlo e Planeamento da Companhia. Refere, assim, o ano de 1974 como um ano de enorme importância nacional, mas também pessoal. Enquanto CEO da Mundial-Confiança, acompanhou todo a fase de nacionalizações das companhias de seguros que se deu após a Revolução de 1974, referindo os aspetos positivos e negativos do processo. Descreve a lógica de fusão das Companhias, constituindo novos grupos nacionais no sector. Viveu muito intensamente o grande incêndio do Chiado, onde a Mundial-Confiança estava sediada, na madrugada de 25 de agosto de 1988. Liderou a constituição do Grupo Allianz em Portugal, entre o final da década de 1980 e a década de 1990. Relata que a experiência com um grupo estrangeiro foi muito diferente das experiências nacionais, uma vez que as companhias estrangeiras tinham mais liberdade de ação no mercado, contrastando com o controlo estatal que era imposto às empresas portuguesas. Destaca a importância da formação que a Mundial-Confiança ofereceu a muitos recém-licenciados nas áreas financeiras e de gestão, vendo a Companhia como uma verdadeira escola. Vê a integração de Portugal na Comunidade Económica Europeia, em 1986, como um acontecimento profundamente positivo para o país, em geral, e para o sector segurador, em particular, com a entrada de novos agentes e novos capitais, a par de um incentivo à modernização da atividade. Enquanto CEO da Allianz Portugal, sempre incentivou o contacto e a colaboração com a Associação Portuguesa de Seguradores, que reconhece como um fator unitário muito importante para o sector. Assim, em 2008, foi eleito, com maioria absoluta, Presidente da Associação. Durante o mandato, terminado em 2017, sempre incentivou o contacto igualitário com todas as Companhias, independentemente da sua dimensão ou cota de mercado. Defende que o sector segurador constitui, mundialmente, a maior cadeia de solidariedade, e que a APS tem tido um papel muito importante para a imagem do sector.