Entrevistas:
António Colaço
Data da entrevista:
30/07/2021, Biblioteca Municipal Laureano Santos, Rio Maior
Projeto:
Resumo:
Quando, aos 23 anos, António Tomaz Colaço deixou a agricultura para se empregar na EICEL, conta que na sua terra, Pé da Serra, o desvalorizaram por se tornar um “mineireco”. Contudo, segundo ele, foi com o trabalho na mina de carvão que conseguiu amealhar algum dinheiro e comprar algumas propriedades. E além disso, entende que a mina desenvolveu Rio Maior. Começou como ajudante de mineiro a carregar carvão com o “piru” (carrinho de mão em madeira), passou depois para vagoneiro, foi condutor da grazine - máquina que puxava as “vagonas” da galeria norte até à arreação - e trabalhou também com o guincho que puxava estas mesmas “vagonas” para o exterior da Mina. De vez em quando, dava ainda apoio no cais ferroviário, a carregar os vagões do comboio com carvão. Depois da empresa encerrar a laboração, ficou a chefiar a equipa de guardas, contratados para fazer segurança às instalações. Aproveitou, nessa altura, para completar a quarta classe e tirar a carta de condução, o que lhe permitiu mais tarde empregar-se como motorista.
António Tomaz Colaço
Entrevistado
Sónia Rebocho
Entrevistador
Dina Lopes
Entrevistador
Tiago Fernandes
Editor técnico