Silveiro

Memórias de Silveiro

Maria da Glória nasceu 14 de novembro de 1961, no Silveiro, onde sempre residiu, e Manuel Maia nasceu a 08 de outubro de 1957, e reside no Silveiro desde que casou. Glória recorda que nos tempos de infância ia com as outras crianças ajudar nos trabalhos do campo, mas que os mesmos eram encarados como uma brincadeira; desses trabalhos destaca os que ocorriam nas marinhas do arroz, produto agrícola emblemático do Silveiro. O pai esteve emigrado na África do Sul, durante cinco anos, e Glória e o irmão ficaram na aldeia com a mãe. A mãe sempre trabalhou na agricultura e o pai, quando regressou da África do Sul, dedicou-se à construção civil. Quando eram jovens os bens alimentares não agrícolas eram adquiridos nas mercearias da aldeia, onde eram vendidos a “granel”; o peixe chegava através de vendedores ambulantes. Recordaram o casamento, nomeadamente a boda, que naquele tempo era em casa dos pais. Por opção nunca quiseram morar fora da aldeia, nem nunca quiseram emigrar. Valorizam muito as condições de vida que podem ter num lugar como o Silveiro. Das tradições da aldeia lembram as fogueiras de Natal, e o convívio que existia; assim como a festa da padroeira, a Nossa Senhora das Dores, e todas as iniciativas que lhe estavam associadas.