Maria Dalila Costa e Silva (n. 1954). Natural de São João da Madeira. Começou a trabalhar com 11 anos na Empresa Industrial de Chapelaria. Começou pelos chapéus de palha e pano, passando depois a trabalhar com chapéus de feltro de pêlo. Após o encerramento da Empresa Industrial de Chapelaria, passou para o sector das artes gráficas, tendo voltado, uns anos mais tarde, a trabalhar no fabrico de chapéus, ingressando na FEPSA. O seu pai trabalhou no calçado e a sua mãe nas artes gráficas. Recorda que se compravam peles de coelho porta-a-porta, peles essas secas em contexto doméstico, e que a sua avó e as vizinhas cortavam pêlo em casa, fornecido pela Cortadoria Nacional de Pêlo. Recorda a crise de mão-de-obra verificada na indústria de chapelaria. Teve atividade sindical – fazendo parte do Sindicato dos Chapeleiros -, tendo sido através dela que tomou conhecimento sobre as instalações da Cortadoria Nacional de Pêlo. Considera que criação da Cortadoria Nacional de Pêlo foi importante, tendo, na época em que foi construída, as melhores instalações fabris de São João da Madeira.
0:00 – Informação biográfica
0:13 – Relação familiar com calçado e chapelaria
0:46 – Venda de peles e corte de pêlo em contexto doméstico
2:08 – Acabamento e venda de chapéus
3:43 – Percurso profissional
4:45 – Crise na indústria de chapelaria
7:08 – Empresa Industrial de Chapelaria: administração americana
10:24 – CNP e crise da indústria de chapelaria
11:11 – Percurso profissional
11:26 – Importância da CNP para São João da Madeira
11:46 – Instalações da CNP
12:54 – Atividade sindical
14:51 – Relação familiar com oposição ao Estado Novo
16:18 – Greves de sapateiros e de chapeleiros