Ângelo Arribas nasceu em Freixiosa em 1936, filho de uma portuguesa e de um espanhol, e dedicou-se desde cedo ao contrabando. Refere com pormenor sítios de passagem e sistemas de transferência das mercadorias de uma margem para a outra, usando uma trasga, peça de madeira utilizada nos carros de besta. Indica o Pontão como o local primordial de passagem, antes da construção das barragens, tendo que ser feita apenas por barco ou jangada. Explica também como era construída a jangada e onde a escondiam. Refere mercadorias transacionadas e alguns produtos que eram trazidos de Espanha e vendidos nas aldeias, como púcaros e malgas – eram mais baratas e de melhor qualidade.
00:28 – Infância na aldeia
01:11 – Passagem da fronteira – contrabando, festas e relações familiares
01:37 – Locais de passagem – Pontão
02:35 – Impacto da construção das barragens
02:56 – Passagem com sistema de cordas
03:25 – Construção de embarcações utilizadas na passagem
03:54 – Produtos contrabandeados
04:22 – Processo de passagem com corda – utilização da trasga
06:04 – Forma de comunicação com o apoio do lado espanhol
07:07 – Relação com a Guarda Fiscal
07:31 – Relação com os Carabineros
09:16 – Confrontos com a Guarda Fiscal
11:05 – Preparação para as passagens
13:18 – Primeira vez que passou a fronteira
14:30 – Pesca
14:53 – Contrabando de gado
15:33 – Relação com a Guarda Fiscal
20:56 – Passagem da fronteira por alturas das festas religiosas para trabalho temporário em Espanha
21:59 – Produtos contrabandeados
22:49 – Forma de transporte das mercadorias
24:11 – Mulheres contrabandistas
24:50 – Contrabandistas espanhóis – peças em barro por roupa velha
26:20 – Organização dos grupos de contrabandistas
27:23 – Vida de contrabandista – episódios
30:05 – Caça clandestina
30:40 – Emigração
31:17 – Trabalho na construção das barragens do Douro – Miranda, Picote e Bemposta
32:57 – Relação com a comunidade
34:04 – Periodicidade das saídas