Angélica Alves nasceu no concelho de Mogadouro, na aldeia de Macedo do Peso. Já adulta, mudou-se para Talhas, acompanhada de uma irmã. Casou-se já na aldeia de Talhas. Frequentou a escola, tal como os irmãos, tendo concluído a então 3ª classe. Sempre gostou muito de ler, passando os serões a ler para a família. A observar uma costureira da aldeia, aprendeu a fazer roupa. Para além disso, aprendeu, também, a fazer cestas de verga, trabalhava na agricultura e chegou a fazer a ceifa. Também vendia produtos nas feiras locais. Descreve o processo de produção de linho, no qual participava. Recorda as condições de habitação da casa onde vivia com os pais, onde não havia espaço para todos, bem como as melhorias que foi fazendo à casa onde viveu já casada. Recorda as festas da aldeia, que passaram a ser feitas em Agosto, para que os emigrantes da zona possam assistir às actividades. Lembra-se dos contrabandistas que iam e vinham para Espanha, a quem comprava loiças de esmalte.
0:00 – Informação biográfica
0:35 – Agricultura
1:12 – Aldeias de Mogadouro
2:38 – Mudança para Talhas
3:45 – Casamento
4:28 – Infância
5:20 – Escola
5:51 – Leituras
6:57 – Costura
8:20 – Cestaria
10:50 – Costura
11:02 – Agricultura
12:02 – Deslocações e mobilidade
12:43 – Feira
13:22 – Linho
14:16 – Habitação
15:55 – Alimentação
17:17 – Habitação
18:07 – Alfaiates
19:08 – Abastecimento de água
20:18 – Eletrificação
20:52 – Trabalho na alfaiataria
21:43 – Pauliteiros e gaiteiros
22:37 – Festas da aldeia
24:37 – Música tradicional (pauliteiros e cantigas)
26:08 – Contrabando
27:44 – Vida na aldeia
28:08 – Habitação
29:58 – Emigração dos filhos
30:40 – Educação dos filhos
33:31 – Religião
Prato/Bacia de esmalte. Branca, com rebordo avermelhado, e algumas flores. Segundo o testemunho de Angélica dos Prazeres Alves, o prato/bacia foi comprado a contrabandistas.