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ENTREVISTAS


Entrevistas:
Dr. Redondo Lopes
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Resumo:
Dr. Redondo Lopes (n. 1948) formou-se em Direito e iniciou-se no universo dos seguros na Companhia de Seguros A Mundial, em 1973. Recorda que a actividade integrava vários funcionários que, entrando em funções mais baixas, faziam o seu percurso dentro das Companhias ao longo da carreira. Quando integrou os quadros da Companhia A Mundial, esta pertencia ao Grupo Champalimaud, ocupando o cargo de responsável dos sinistros graves do ramo automóvel. Acompanhou o processo de nacionalizações do sector que se seguiu à Revolução de 1974 e integrou a Comissão Instaladora do recém criado Instituto Nacional de Seguros, que substituiu o Grémio dos Seguradores. Em 1979 integrou o Conselho de Gestão da Companhia de Seguros Bonança, um dos 6 grupos criados para a preparação da fusão das empresas. Recorda o embate com as Comissões de Trabalhadores, num ambiente social ainda muito conturbado. Em 1982, por conflitos com a Direção Comercial, apresentou a demissão do cargo. No mesmo ano, voltou à Companhia A Mundial e, em 1984, presidiu à Companhia de Seguros Tranquilidade, onde ficou até se aposentar. Recorda grandes sinistros que marcaram o sector, como o incêndio do Chiado, o grande terramoto da Ilha Terceira ou as grandes inundações de 1983. Destaca a Lei de 1907, durante o governo de João Franco, como uma das mais importantes leis de seguros do país. Considera que a reprivatização do sector, a partir de 1989, foi positiva tanto para as empresas como para o mercado, apesar de defender que a agregação de Companhias salvou algumas de menor dimensão da falência. Lamenta que, actualmente, a maioria do sector segurador esteja na mão de capital estrangeiro.
Ficha Técnica
Entrevistado