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João Paulo Santos
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João Paulo Santos iniciou o seu contacto com o Teatro Nacional de São Carlos com cerca de 10 anos, quando assistiu à ópera “Don Giovanni”. A sua primeira assinatura coincidiu com a primeira temporada de João de Freitas Branco. Sempre quis trabalhar na área da música, embora, inicialmente, preferisse o piano.
Concluiu o curso superior de Piano no Conservatório Nacional desta cidade na classe de Adriano Jordão. Trabalhou ainda com Helena Costa, Joana Silva, Constança Capdeville, Lola Aragón e Elizabeth Grümmer. Como bolseiro da Fundação Gulbenkian aperfeiçoou-se em Paris com Aldo Ciccolini (1979-84).
A sua carreira atravessa os últimos 40 anos da história do Teatro de São Carlos onde
principiou como correpetidor e Maestro Titular do Coro.
Em adolescente foi aprofundando o gosto pela ópera, sendo frequentador assíduo dos vários teatros.
Foi Maestro de Coro e Director de Orquestra, cargo em que teve enorme importância aquando do despedimento de músicos residentes e do encerramento do Teatro.
Estreou-se na direção musical em 1990 com The Bear (W. Walton), encenada por Luis Miguel Cintra. Dirigiu óperas para crianças, musicais, concertos e óperas nas principais salas nacionais. Estreou em Portugal, entre outras, as óperas Renard (Stravinski), Hanjo (Hosokawa), Pollicino (Henze), Albert Herring (Britten), Neues vom Tage (Hindemith), Le Vin Herbé (Martin) e The English Cat (Henze) e estreias absolutas de obras de Chagas Rosa, Pinho Vargas, Eurico Carrapatoso e Clotilde Rosa. É responsável pela investigação, edição e interpretação de obras portuguesas dos séculos XIX e XX.
Actualmente desempenha as funções de Diretor de Estudos Musicais e Diretor Musical de Cena.
Considera que as mudanças no espectáculo devem ser vistas como algo natural.
João Paulo Santos
Entrevistado