Entrevistas:
Graça Almada
Data da entrevista:
19 de abril de 2024, Casa da Cultura de Santana
Projeto:
Resumo:
Graça Almada reconhece que Santana sempre foi uma terra de agricultores, uma profissão, aliás, à qual os pais e avós se dedicaram durante toda a vida. O seu avô tinha uma mercearia, onde muitas pessoas deixavam os seus produtos – parte deles eram levados para o Funchal pelo pai, onde seriam vendidos no Mercado dos Lavradores. A semilha era o produto mais cultivado, a par das couves, do milho, do trigo, das laranjas e das maçãs. Muitos deles não eram comuns no Funchal, pelo que se dizia que “Quando em Santana não houver couves, os do Funchal já estão a morrer à fome”. No que diz respeito à Festa dos Compadres, considera que aquilo que mais entusiasma as pessoas são as quadras escritas e cantadas, de autoria desconhecida, por serem o elemento que melhor explora a questão da sátira, da crítica social e do maldizer. Participou na Festa em criança e atualmente fá-lo na qualidade de professora de Artes Plásticas, uma vez que a Câmara Municipal endereça, todos os anos, um convite a todas as escolas do concelho, para que estas participem no cortejo etnográfico. O poder local tem feito um trabalho extraordinário para preservar e valorizar esta tradição.
Maria Graça Pontes Almada de Sousa

Entrevistado
João Francisco Pereira

Entrevistador
Pagárrenda

Editor técnico