19 de abril de 2024, Casa da Cultura de Santana

Memória da Festa dos Compadres de Santana

Nos anos 70, o seu pai trabalhava num serviço da Câmara Municipal e a sua mãe era queijeira e trabalhava nas Queimadas (no atual Parque Natural das Queimadas), num negócio da Direção Geral da Agricultura. Na década seguinte, ambos mudaram o rumo das suas carreiras e foram trabalhar para o Serviço de Ovinocultura. O trabalho agrícola esteve sempre presente no seu contexto familiar, uma vez que o pai também possuía alguns pedaços de terreno, onde se produzia grande parte da alimentação familiar. No que respeita a Festa dos Compadres, considera-a uma festa de sátira, de riso e de boa disposição que mobiliza grande parte da população de Santana e de outros concelhos da ilha da Madeira. Participa na Festa desde 2008, quando integrou a Associação Cultural Lírios do Norte. Esclarece que a Festa dos Compadres tem uma parte que se ocupa com a sátira e com o Julgamento do Compadre e outra que está relacionada com o cortejo, que apresenta duas vertentes: o cortejo etnográfico, em que participam as instituições e as escolas, e o cortejo trapalhão, em que desfilam todos os participantes. Ana participa no Cortejo Etnográfico, onde as instituições têm o cuidado de representar um tema que escolhem (normalmente são práticas ou profissões antigas, por exemplo) com bastante antecedência.