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ENTREVISTAS


Entrevistas:
João Passareiro
Data da entrevista:
8 de julho de 2016, Museu da Polícia, MUP, Lisboa
Projeto:
Resumo:
Aos 18 anos, João Passareiro alista-se como voluntário no Exército, sendo colocado em Lanceiros 2, em 1959. Dois anos depois, em 1961, alista-se na PSP. É destacado enquanto guarda da Companhia Móvel de Angola para as cidades de Luanda, Novo Redondo (atual Sumbe) e Benguela. Após três anos na Companhia Móvel, foi integrado na polícia de Angola. Esclarece que as funções da polícia eram, essencialmente, de patrulhamento das populações, contacto com as autoridades locais e verificação de ocorrências ou problemas. Sublinha as boas relações existentes entre as populações locais e as forças policiais. É promovido a Chefe e destacado para o distrito de Carmona (atual província de Uíge). Em 1975 regressa a Portugal, na sequência do processo de descolonização, uma saída que descreve como “muito precipitada”. Refere a situação da polícia das colónias durante a descolonização e como se deu a integração de polícias retornados na corporação. Em Lisboa, é acolhido num departamento criado especificamente para receber as forças policiais vindas do Ultramar. É colocado na 4ª Divisão, ficando encarregue da segurança do Instituto de Apoio ao Retorno de Nacionais (IARN), na rua da Junqueira. Revela que os polícias da metrópole frequentemente se referiam aos polícias vindos do Ultramar com o termo “SP”, de forma pejorativa. Fez formação na Scotland Yard e posteriormente ficou responsável pela segurança da Presidência do Conselho de Ministros. Cria, juntamente com outros subchefes e guardas de Lisboa, o Corpo de Segurança Pessoal, ficando encarregue da segurança pessoal da Presidência da República, Assembleia da República, Casa da Moeda e a Presidência do Conselho de Ministros. Refere a importância da profissionalização e formação dos elementos da PSP, sobretudo aqueles ligados à área da segurança pessoal. João Passareiro fazia parte do Corpo de Segurança Pessoal quando se deram os atentados à Embaixada da Turquia e à Embaixada de Israel, e ainda o acidente de Camarate, episódios que descreve detalhadamente. Em 1985 deixa a PSP e cria uma empresa de segurança privada, fazendo uso dos conhecimentos que foi adquirindo ao longo da sua carreira policial.
Ficha Técnica
Ana Sofia Ferreira Entrevistador
João Francisco Amiguinho Passareiro Entrevistado
Pagárrenda Editor técnico