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ENTREVISTAS


Entrevistas:
Maria de Belém Roseira
Data da entrevista:
06/11/2025, Sede do Montepio - Rua Áurea
Projeto:
Resumo:
Maria de Belém Roseira Martins Coelho Henriques de Pina nasceu em 28 de julho de 1949, no Porto. Formou-se em Direito pela Universidade de Coimbra (1972). A tal propósito, conta-nos o ambiente social conservador e a escassa representação feminina neste contexto académico. Iniciou a sua carreira como jurista na Administração Pública, em 1973, na Direção-Geral de Previdência, onde familiarizou-se e envolveu-se na revisão da legislação mutualista. Neste testemunho, destaca as orientações e a política social durante o Marcelismo, em particular a importância da abertura da previdência às domésticas. É por esta altura que inicia a sua relação profissional com o Montepio Geral, sendo advogada avençada dos Serviços Jurídicos. Desde então, manteve uma forte ligação à Instituição como associada, defendendo os valores mutualistas e a importância do movimento na conjuntura atual da sociedade moderna. Recentemente faz parte dos órgãos sociais como Presidente do Conselho de Curadores da Fundação Montepio e como Presidente da Mesa da Assembleia Geral do Montepio Geral – Associação Mutualista, tornando-se a primeira mulher a assumir este último cargo. Pertenceu ao Conselho Geral, que foi extinto na sequência do Código das Mutualistas de 2018. Em 2021, foi o nome proposto pela lista, liderada por Virgílio Lima, para presidir à Mesa da Assembleia-Geral da mutualista Montepio. Esteve ainda ligada à União das Mutualidades e, neste propósito, foi Membro do Comité Diretor da Associação Internacional das Mutualidades. Numa leitura retrospetiva, relata-nos as principais orientações e adversidades que a Instituição enfrentou nas últimas décadas: intervenção administrativa no pós-25 de abril; debate em torno do enquadramento legal do mutualismo; o pioneirismo do Montepio com a criação da “Chave 24”; o processo de Integração Europeia; a crise financeira global de 2008; o reconhecimento da Instituição como utilidade pública e o crescente entendimento do mutualismo como uma solução de governança. Para si, o mutualismo “é um expoente da cidadania organizada”. Finalmente, Maria de Belém traça os principais desafios deixados ao movimento, sublinhando o papel que este pode desempenhar na proteção ambiental e o dever de uma participação ativa e responsável dos cidadãos nesta e noutras matérias.
Ficha Técnica
Maria de Belém Roseira Martins Coelho Henriques de Pina Entrevistado
Maria Fernanda Rollo Entrevistador
Pagárrenda Editor técnico