17 de março de 2023, Sala do Serviço Educativo da Casa de Cinema Manoel de Oliveira, Serralves

Memórias do Parque de Serralves

Ricardo Bravo, coordenador da área de Gestão e Manutenção do Parque de Serralves desde 2016, afirma que todas as intervenções feitas no Parque procuram articular o passado e o presente deste espaço. Refere, a título de exemplo, a recente restauração do Roseiral, um projeto desenhado pelo arquiteto paisagista Gerald Luckhurst, que procurou manter o desenho original e todas as características de um roseiral dos anos 30 e 40, ajustando-o ao tempo presente, com a utilização de plantas mais resistentes a doenças. Para si, manter o sentimento do passado com o conhecimento do presente é o elemento mais desafiante num jardim histórico. Fala-nos do legado dos jardineiros que ali trabalham, alguns dos quais há mais de quarenta anos, e das suas primeiras memórias no Parque de Serralves. Reflete acerca da singularidade de Serralves, da sua diversidade de paisagens, e do seu futuro, que passará necessariamente pela preservação do jardim histórico.
Ricardo Bravo deu este testemunho no 2 º Encontro de Memórias, realizado no dia 17 de março de 2023 na Sala do Serviço Educativo da Casa de Cinema Manoel de Oliveira, subordinado ao tema “O Parque e a Cidade". O encontro reuniu, numa conversa informal, um conjunto de pessoas que têm acompanhado a presença do Parque de Serralves na sua relação com a cidade do Porto, partilhando as suas perceções sobre as formas como se têm influenciado em diversos domínios, como o urbanismo, a paisagem, as práticas culturais, as sociabilidades ou o turismo, entre outros.