30 de março de 2023, Biblioteca da Fundação de Serralves

Memórias do Parque de Serralves

Marta Almeida, Diretora Adjunta do Museu de Arte Contemporânea da Fundação de Serralves, inicia o seu percurso profissional em Serralves na coleção de arte e posteriormente no serviço de exposições. Deste então que trabalha proximamente com vários artistas e se envolve nos mais diversos projetos, todos eles ambiciosos e desafiantes. Recorda algumas das exposições em que esteve envolvida antes da abertura do Museu, destacando a exposição “Limiares: dez escultores americanos” (1995), um projeto que se singularizava já pela ligação que estabelecia entre o interior e o exterior da Casa. Entre as iniciativas mais desafiantes, evoca a instalação da peça “Volátil” da autoria de Cildo Meireles, composta por cerca de quatro toneladas de pó de talco. Relembra a exposição “Mais Tempo, Menos História” (1996), comissariada por João Fernandes, na qual a artista Joana Vasconcelos expõe pela primeira vez; a atmosfera mágica dos Ingloo de Mario Merz na Avenida dos Liquidâmbares; as peças de Dan Graham expostas no Parque de Serralves; e a obra de Maria Nordman – a mesa com uma fonte e quatro bancos de ardósia. Conclui refletindo acerca do diálogo permanente existente entre a Casa/Museu, arte contemporânea e o Parque de Serralves.
Marta Almeida deu este testemunho no 3º Encontro de Memórias, realizado no dia 30 de março de 2023 na Biblioteca de Serralves, dedicado às Memórias Artísticas e Literárias. O encontro reuniu numa conversa informal um conjunto de pessoas que têm encontrado no Parque de Serralves o espaço, objeto ou inspiração para a sua criação e práticas artísticas ou que têm participado e fruído da diversidade e amplitude da oferta cultural que acontece a partir deste lugar centenário.