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PESSOAS
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Nome completo:
Jorge de Carvalho de Sá Borges
Nota Biográfica:
Subscritor da SEDES nº 134 - Jorge de Carvalho de Sá Borges, Advogado
Porto, 1933 - Lisboa, 8 de novembro de 2009
Formação e percurso académico
Licenciou-se em Direito na Universidade de Lisboa.
Percurso associativo e político
Foi membro da Juventude Universitária Católica e vice-presidente da direção de Jorge Sampaio na Associação Académica da Faculdade de Direito em Lisboa, no ano letivo de 1960-61 e um ativista na crise académica de 1962. Durante as eleições de 1969 participou na lista da CDE em Lisboa.
Após o 25 de abril de 1974 foi recebido pela Junta de Salvação Nacional, na qualidade de dirigente da SEDES, juntamente com Magalhães Mota e Teodoro da Silva, sobre a constituição do I Governo Provisório. Perante a hipótese de transformação da SEDES em partido político, defende uma resposta negativa, juntamente com Magalhães Mota.
Envolveu-se na fundação do Partido Social-Democrata, para o qual levou um pequeno grupo que com ele participara na CDE, contribuindo para reforçar a esquerda do PPD. Participa numa reunião determinante na formação do PPD, a 12 de junho de 1974 e integrou a Comissão Política Provisória do PPD. Nos primeiros tempos da vida do PPD fica com o pelouro da implantação regional. Com esse objetivo organiza o Secretariado para a Regionalização, que funciona em 1974 e 1975. Tem um papel ativo no recrutamento de representantes locais, contribuindo de modo decisivo para o crescimento do partido.
No I Congresso do PPD, em setembro de 1974, Sá Borges possui um enorme apoio, o que leva Sá Carneiro a negociar com ele a lista para os órgãos dirigentes. Sá Borges é eleito membro da Comissão Política do partido e é uma personalidade influente nas listas dos órgãos nacionais. É cada vez mais nítida uma clivagem entre Sá Borges e Sá Carneiro, com consequências na atitude com as forças de esquerda: enquanto Sá Borges mantém boas relações com partidos e grupos à esquerda e com o MFA e admite um entendimento com o PCP sem o PS, Sá Carneiro só admite a colaboração com o PCP em conjunto com o PS.
Foi ministro dos Assuntos Sociais no IV Governo Provisório liderado por Vasco Gonçalves (março a agosto de 1975). Eleito deputado constituinte pelo PPD, pelo círculo de Bragança, não chega a exercer o seu mandato, sendo substituído. Candidatou-se à liderança do PSD no Conselho Nacional de 24 e 25 de maio de 1975. É Emídio Guerreiro quem se torna secretário-geral substituto, vencendo Magalhães Mota e Sá Borges.
Foi ministro do Trabalho no V Governo Constitucional.
Volta a sobraçar a pasta dos Assuntos Sociais durante parte do VI Governo Provisório liderado por José Pinheiro de Azevedo, entre setembro e dezembro de 1975. Durante a ausência de Sá Carneiro por motivos de doença a luta pelo poder no PSD é polarizada por Magalhães Mota (apoiado por Rui Machete) e Sá Borges, que tem o apoio do setor sindical.
Após o regresso de Sá Carneiro, a viragem do partido à direita que pretende protagonizar é contestada por Sá Borges, Emídio Guerreiro e Mota Pinto. Uma contestação que não impede Sá Carneiro se tornar o líder do PSD. No II Congresso do PSD, em setembro de 1975, Sá Borges, apoiado por outros membros da Comissão Política Nacional, cria uma plataforma oposta às teses de Sá Carneiro, designada “Plataforma social-democrata para o socialismo”. Esta visão é derrotada, desencadeando um movimento de dissidência de Sá Borges e outros elementos.
É exonerado do VI Governo Provisório a 29 de dezembro e substituído por Rui Machete.
Sai do PSD e lidera a fundação do Movimento Social-Democrata, o qual integrou outros dissidentes como Joaquim Magalhães Mota, José Manuel Sérvulo Correia ou Miguel Veiga, um movimento organizado em fevereiro de 1976. Volta a ser ministro no Governo de Maria de Lourdes Pintasilgo, em 1979.
Distinções
A 27 de março de 1998 foi agraciado com o grau de Grande-Oficial da Ordem da Liberdade.
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