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PESSOAS
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Nome completo:
Dulcínio Caiano Pereira
Nota Biográfica:
Subscritor da SEDES nº 70 - Dulcínio Caiano Pereira, Empregado de escritório
Marinha das Ondas, Figueira da Foz, 1936 - Maputo, 1998
Formação e percurso académico
Fez o curso comercial na Escola Comercial da Figueira da Foz e formou-se em Gestão pelo Instituto de Novas Profissões, tendo frequentado os cursos de Sociologia no ISCTE e de História na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
Percurso associativo e político
Interessou-se pela atividade político-sindical defendendo a “tomada por dentro” dos “sindicatos nacionais” corporativos pelos sindicalistas democratas. Em fevereiro de 1960 participou, pelas listas da oposição, nas eleições para a direção central dos Empregados de Escritório de Lisboa. A lista “corporativista” tomou posse, apesar de as eleições terem sido impugnadas em tribunal pela lista oposicionista derrotada. No entanto, o presidente eleito aceitou a participação no sindicato de sindicalistas oposicionistas. Caiano Pereira integrou um grupo de trabalho do Sindicato com funções de apoio à direção em matéria de informação e formação sindical.
Nas eleições de 1969 fez campanha pela lista da CDE, em Lisboa. Foi um dos fundadores da Intersindical, em 1970. Em maio de 1972 foi um dos subscritores do manifesto “A Situação Política Portuguesa e o Fracasso do Reformismo”, que foi apreendido pela DGS e levou Caiano Pereira a ser interrogado pela polícia política.
Participou na organização do III Congresso da Oposição Democrática, em Aveiro, entre 4 e 8 de abril de 1973, tendo integrado a sua comissão nacional.
Nas eleições de 1973 participou ativamente na dinamização da campanha eleitoral pela Oposição Democrática e foi candidato da CDE pelo círculo de Lisboa.
Após o 25 de abril de 1974, foi um dos sindicalistas que tomou o Sindicato dos Escritórios de Lisboa e assumiu o cargo de presidente da comissão diretiva da secção da indústria química do Sindicato dos Profissionais de Escritório do Distrito de Lisboa. Nas primeiras eleições democráticas seria eleito como Presidente da Direção.
Apoiou a reforma agrária como assessor do Gabinete da Secretaria de Estado da Reforma Agrária. Trabalhou como diretor-administrativo e administrador-delegado em empresas portuguesas instaladas em Maputo e Nampula. Foi assessor da direção e administração de uma empresa petrolífera moçambicana.
Colaborou intensamente na imprensa: foi colunista do Notícias da Amadora, colaborou na imprensa sindical e em jornais de grande tiragem como o Diário de Lisboa e o Expresso. Foi um dos fundadores da ACRDM – Associação Cultural Recreativa e Desportiva Marinhense.
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