destaques

    100 Anos do Parque de Serralves, 100 Anos de História e Memórias

    A história do Parque de Serralves começa em 1923, quando Carlos Alberto Cabral, 2º Conde de Vizela, herdou a Quinta do Lordelo situada na Rua de Serralves, então nos arredores do Porto, preservando os jardins originais inspirados nos modelos vitorianos do final do século XIX. A propriedade foi sendo ampliada pela compra de terrenos adjacentes atingindo, na década de 40, os atuais 18 hectares. Passou a incluir a Quinta do Mata-Sete, que compreendia o pavilhão de caça, o celeiro, o lagar e a casa dos caseiros.
    No início dos anos 30, o Jardim foi reconstruído de acordo com o projecto de arquitetura de paisagem de Jacques Gréber, integrando alguns elementos do jardim original, nomeadamente o lago, bem como estruturas agrícolas e de rega das propriedades entretanto adquiridas.
    A propriedade foi comprada pelo industrial Delfim Ferreira, Conde de Riba d’Ave, na década de 50, mantendo a sua estrutura essencial até hoje.
    Em 1986, Serralves foi comprado pelo Estado Português e passou a estar aberto ao público. O Parque foi objeto de um Projecto de Recuperação e Valorização (2001-2006), sob a orientação da Arquiteta Paisagista Teresa Andresen. Dez anos mais tarde, o Museu de Arte Contemporânea, projectado por Álvaro Siza Vieira, significou uma nova intervenção na paisagem do Parque de Serralves, contando com a colaboração do arquitecto paisagista João Gomes da Silva.
    O Parque de Serralves é uma referência, pela sua história centenária, como património cultural e natural, na simbiose que mantém com a cidade e as pessoas, afirmando-se de forma singular como parque urbano em harmonia com o contexto rural em que originalmente se inscreve. Os diversos lugares interligam-se, preservando a sua identidade cultural. Jardins, quinta, lago, mata tradicional, novos lugares, dialogam e convivem no tempo e no espaço. Palco de sociabilidades, o Parque é ainda um lugar de descoberta e aprendizagem para milhares de crianças. Destaca-se a diversidade do seu património arbóreo e arbustivo, composto por vegetação autóctone e exótica, compreendendo cerca de 8000 exemplares de plantas lenhosas, representando sensivelmente 230 espécies e variedades.


    Memórias e Testemunhos
    A Fundação de Serralves está a promover um projeto de recolha de memórias e testemunhos por ocasião da celebração do centenário do Parque de Serralves com a colaboração do programa Memória para Todos.
    A história oral e o envolvimento das pessoas são ferramentas poderosas para valorizar identidades, incorporar narrativas, promover uma cultura de preservação da herança cultura, permitindo processos de conservação e patrimonialização mais claros e participativos, tendo em conta a memória coletiva.


    Partilhar fotografias, cartas, memórias no 100º Aniversário do Parque de Serralves


    História colaborativa
    Acreditamos que a história do Parque de Serralves deve dar voz aos que o visitam e nele trabalham, aprendendo com o que cada um tem para partilhar.

    Todas as histórias contam
    As memórias de cada um contribuem para o conhecimento do Parque, das diversas sociabilidades que compõem a sua história, da sua relação com a cidade, da forma como os jardins e os lugares se têm perpetuado e transformado. Todas as memórias são imagens particulares de momentos e sensações, são retratos de como o Parque tem influenciado e sido influenciado por todos os que passam por ele.



    O programa de recolha de memórias organiza-se em três eixos:

    Entrevistas ao longo do período de celebração do Centenário
    Entrevistas com responsáveis pelas políticas e gestão do Parque e da Fundação de Serralves, colaboradores, ‘frequentadores’, visitantes e protagonistas de referência.

    Encontros de Memórias
    Os encontros de Memórias, configurando entrevistas colectivas, reúnem vários convidados para participar numa conversa temática. O convite é alargado ao público que queira partilhar as suas experiências e dar o seu testemunho.
    Estão previstos três Encontros:
    3 de Março: aprender e viver com o Parque – programa educativo e de responsabilidade social;
    17 de Março: memórias artísticas e literárias do Parque de Serralves – conversas com escritores e artistas... e o público;
    30 de Março: o Parque e a Cidade – conversas com representantes de entidades que convivem com Serralves (poder local, comunicação social, instituições culturais, associações, empresas).

    Dias da Memória
    Convite à sociedade em geral e em especial aos habitantes do Porto para partilharem as suas memórias e darem os seus testemunhos.
    O Parque abrirá as portas entre 21 e 22 de Abril para receber as pessoas, convidando-as a partilhar as suas recordações, memórias, fotografias e outros objectos nos Dias da Memória do Centenário do Parque de Serralves.

    Vídeo de Apresentação dos Dias da Memória


    Todas as pessoas são ainda convidadas a partilhar as suas memórias através do contacto de email: memorias@serralves.pt


    Memórias partilhadas
    25 de Maio – apresentação pública e publicação na internet das entrevistas realizadas, devidamente indexadas e classificadas.

    Exposições, conferência e outras atividades com datas marcadas para:
    24 e 25 de Maio – Conferência Serralves 100 Anos de História e Património
    15 de Junho – Exposição digital
    15 de Junho – Roteiro histórico no Parque de Serralves
    17 de Outubro - Exposição Parque de Serralves: 100 Anos de História e memórias
    18 de Novembro – apresentação do livro Parque de Serralves: 100 Anos de História e memórias

    Faça História partilhando a sua e ajude-nos a celebrar o centenário do Parque de Serralves!